Ai Portugal Portugal!!

Bem, isto há coisas do diabo (uma boa expressão portuga para começar!)! Quem diria que o filme "Aquele Querido Mês de Agosto", de Miguel Gomes, era assim tão interessante?? Eu de certeza que não, pois filmes portugueses actuais..enfim...
Mas pronto, lá fui eu ao ainda mítico King ver isto, com as expectativas muito "rasteirinhas", esperando mais uma trampa nacional! Mas não!!
O filme não se percebe bem se é documentário ou não. Ou melhor, até certo ponto é, e a partir talvez de meio, deixa de ser! É tipico o realizador português gostar de baralhar...
Portanto reza assim (mais uma expressão popularucha!): uma equipa de filmagens decide ir rodar um filme nas vilas e aldeias circundantes ao Rio Alva (quem não conhece, portanto temos Góis, Pereiro, Arganil, Colcurinho, Fajão...). Os primeiros 35/40 minutos do filme são feitos num registo documental, sem actores. E é aqui que tudo tem mais encanto! A sucessão de pintas é tão grande que não há hipotese de não gostarmos desta "introdução"! Desde o gajo que ganhava a vida a atirar-se para o rio no Carnaval (até que um dia não viu que o Rio estava em baixo...), passado pelos velhos que discutiam cada palavra, os músicos das aldeolas a cantar à desgarrada, enfim, figurões do alto da serra!! Mais, é impossível a junção de "pintas+música pimba" correr mal, e o realizador sabe-o muito bem! Durante todo o filme somos brindados com os mais badalados artistas portugueses, desde José Malhoa, passando por Diapasão, Dino Meira, José Cid, Marante e, claro, Tony Carreira (nunca aparecem no filme - tirando Diapasão - mas a música acompanha-nos por todo o lado). Um regalo para os sentidos (aquela cena em que a camara acompanha a carrinha dos Bombeiros de Arganil e em fundo se ouve "Sonhos de Menino", de Tony Carreira, é de levar às lágrimas!)!!
Contudo, não há bela sem senão (ai tão popularucho que me sinto hoje!). A partir do momento em que o registo documental é colocado um pouco de lado e surgem em cena um filme "puro e duro", "Aquele Querido Mês de Agosto" perde bastante do seu fulgor. De facto, conseguimos identificar neste filme todas as caracteristicas dos actuais filmes portugueses: história deslavada, diálogos non-sense, planos demasiado longos e parados, transições abruptas e, claro, sexo! Mas pronto, há música pimba, cantada pela voz da actriz principal no grupo "Estrelas do Alva" (nada "tipico", portanto...) e chega!!
Resumindo, o filme é uma agradável surpresa, no geral, que merece ser descoberto pois tem "personagens" muito interessantes. O bom do filme acaba por ser suficiente para ofuscar o mau.

p.s. e ainda aparece o jornal "A Comarca de Arganil", que é claramente um ponto a favor do filme (juíz em causa própria, mas não faz mal! )

The True Spirit!!

Agora que os 29º Jogos da época moderna acabaram, deixo aqui um dos momentos altos do certame! A beleza técnica do gesto, a perfeição e subtileza na acção, um golpe a merecer nota máxima! Pena é ter sido na pessoa errada...Recomendo a passagem do vídeo até ao primeiro minuto. A partir dai é que ele se torna suculento!
E atenção ao senhor vestido de azul. Enquanto o outro aviava na pessoa errada, o outro atleta festejava feliz e contente!! O espírito olímpico no seu melhor!!

Amor Cão?

Realmente, ninguém consegue igualar os ingleses no que ao humor diz respeito! Que coisa brilhante!!

Eighties on Time!

Ontem foi noite de 80 à Hora, no SpeakEasy em Lisboa!! Para quem não sabe, é uma banda portuguesa que faz covers de músicas dos míticos eighties!
Ontem, a vocalista foi outra (sinceramente, com tanto para "ver", esqueci-me do nome da "pequena"...). Normalmente é a Sara, mas como ficou em segundo naquela coisa "Procurando Sally" ou lá o que era, está agora a fazer o Cabaret até Fevereiro. De modo que, "apanhamos" com a substituta. Mas é preciso dizer que esteve à altura. Belíssima voz (no vídeo não dá para perceber pois o telemóvel foi feito para falar, não para fazer vídeos..), boa presença, tinha os seus moves e boa interacção com o público (apesar de, aqui, ser algo inferior à Sara).
Cantou um bocadinho de tudo, desde música portuguesa (Rui Veloso e António Variações), a clássicos dos 80's, como

Beat It de Michael Jackson

The Final Countdown dos Europe

Jump dos Van Halen

Power of Love de Huey Lewis

Maniac de Michael Sembello

Is this Love do WhiteSnake (o bocadinho que se "ouve no vídeo é desta)



Continuo fã, apesar da mudança radical que sofreu a banda, mantendo-se apenas o baixista, Alex.

X-Miles....Away!

Bem, este último filme dos X-Files serve, somente, para encher chouriços!! E não fora a presença da Gillian Anderson, nem isso!
A história não acrescenta nada, já tudo muito visto, apesar de não meter os ET's do costume (segundo consta, o Spielberg pagou melhor e foram todos para o Indiana Jones!). E o início ainda prometia algo diferente, com uma séria de tiradas humorísticas bem metidas e uma critica à sociedade eclesiástica. Contudo, se o enredo podia ter algum interesse, a maneira como foi conduzido e o desenlace do mesmo levam a que o filme seja só mesmo para fãs da série. E apenas para "as" fãs, pois tem aquilo que tanto almejavam ver... Dá para passar o tempo, é um facto, mas pouco mais.

Uiiii, que é bom!!

As Diabólicas, filme francês de 1955 tem, quiçá, uma das melhores cenas de suspense que já vi. Ou melhor, os últimos 15/20 minutos são de uma intensidade brutal. E é pena o resto do filme não acompanhar esses últimos minutos. Tem uma introdução demasiado longa para uma conclusão tão curta.
Duas actrizes notáveis (das quais não conhecia nada), Simone Signoret e Véra Clouzot que, juntamente com aquele final, fazem o filme, que recomendo.