segunda-feira, 11 de outubro de 2010

Festa de Cinema Francês

Começou no passado dia 7, a 11ª Festa do Cinema Francês, no cinema São Jorge, em Lisboa.
Surpreendentemente, é um festival com uma adesão enorme, estando praticamente todas as sessões cheias ou, pelo menos, a 75%, o que para os dias que correm é notável.
De um conjunto de mais de 30 filmes, foram escolhidos 7 que, por uma razão ou outra, nos pareceram melhores. Os eleitos foram Joueuse (com Kevin Kline), Le Concert, L'Arnacoeur (com Roman Duris), Le Refuge (de François Ozon), A nos Amours, La Ceremonie (com Isabelle Huppert) e L'Origine (com Gerard Depardieu).

Joueuse
, é uma obra de 2009, que retrata o dia-a-dia de uma mulher numa pequena aldeia francesa. Viva monótona, rotineira e triste que sofre uma mudança radical quando descobre o xadrez. É um filme interessante, com duas boas interpretações (de Kline e Sandrine Bonnaire) e que nos dá uma visão completamente diferente do xadrez...Apesar de ser um filme interessante, pode perfeitamente ser visto em casa, não justificando uma ida propositada ao cinema.



Le Concert, é também um filme de 2009, uma obra conjunta Francesa-Italiana-Romena-Belga. E é um filme extraordinário! Um daqueles filmes que, com um conjunto notável de actores, uma história simples, mas bem delineada e uma banda sonora poderosa nos agarrada do principio ao fim. A mistura cómico-dramática funciona muito bem, num filme onde Tchaikovsky é personagem principal. Em traços gerais, o filme retrata a tentativa de renascimento da antiga e mítica orquestra soviética Bolchoi, através dos seus antigos membros. Passados 30 anos após a sua dissolução, o antigo maestro tenta reunir os seus antigos colegas para uma última mas inesquecível apresentação em Paris. O filme tem excelentes momentos cómicos (mesmo para quem não aprecia muito o género, como é o meu caso), "salpicados" por momentos dramáticos de média intensidade. No conjunto, uma obra surpreendente e imperdivel.



(to be continue)

sexta-feira, 8 de outubro de 2010

Acordos e afins

" Em um funeral fatídico,(...)".
Um funeral fatídico? Que bela expressão dos nossos "irmãos", um pouco burros, do Brasil! E ainda foram fazer um novo acordo ortográfico que favorece este tipo de expressões! Parece-me lógico, no doubt...

terça-feira, 11 de maio de 2010

Visita Papal

Bem, isto de meter o Papa a ser recebido por grupos de crianças a cantar é o mesmo que acenar com uma cenoura em frente a um burro (com as devidas diferenças entre ambos - o burro tem pelo e orelhas compridas)...

domingo, 11 de abril de 2010

Gâmbia, Parte 1!

Visitar a Gâmbia para ficar sete dias à beira da piscina, de papo para o ar, a apanhar sol, não só é nocivo para a saúde física (e mental!), como é de uma imbecilidade completa! Obviamente que não é preciso passar os dias todos, das 9 às 19, às voltas pelas localidades locais, apenas para dizer que se foi lá. Como na maioria das coisas, no meio é que está a virtude e conseguir conciliar essas duas actividades não é, nem de perto nem de longe, impossível.
Como qualquer outro destino de férias, também na Gâmbia há muito para ver, provar, cheirar mas, sobretudo, sentir e recordar. Mais do que grandes paisagens (que também as há, naturalmente), o que salta mais à vista neste pequeno país (ou enclave, uma vez que se encontra rodeado pelo Senegal) são as suas gentes, os seus costumes, os seus sorrisos, a cor e vivacidade das suas localidades. Inicialmente pode fazer alguma confusão a forma um pouco arbitraria e, porque não, mesmo caótica como tudo se passa. Desde o transito, onde os sinais luminosos são objectos ainda pouco conhecidos (e respeitados, quando os há), passando pela forma relaxada – quiçá até um pouco demais – como fazem as coisas (está sempre tudo bem para eles, “no pasa nada”) e culminando nos locais que são, sem dúvida, a maior característica das cidades africanas: os seus mercados, fervilhantes de vida, cheiros, cor e gente. É natural que nestes locais, frequentados em grande parte por nativos, o turista menos precavido possa sentir algum receio, alguma claustrofobia. Natural, mas infundado, pois a Gâmbia é, sem sombra de dúvidas, um país seguríssimo, onde a hospitalidade e boa vontade das pessoas são, na maioria dos casos, genuínas.
Muito se fala e escreve sobre os tão famigerados “bumpsters” ou “beach boys” (em castelhano, a tradução para isto é, no mínimo, diferente: chulos de praia…). É óbvio que existem, estão mesmo por todo o lado, mas são inofensivos. O “movimento” é comum a todos: quando se passa por eles, somos saudados e vêm ter connosco. Um aperto de mão, “How are you”, “where are you from”, “what’s your name”, “For how long are you staying”, “it’s your first time in the Gambia” “Where are you staying”… Todas estas perguntas (e consequentes respostas) são feitas sem nos largarem a mão, o que pode assustar um pouco ao inicio. Podemos responder a todas as perguntas sem problemas, desde que não nos alonguemos muito nas respostas. E depois é só dizer que não, firme e cordialmente “No my friend, thank you. See you later, bye!”. Contudo, há até alturas em que os podemos “aproveitar”. É certo que, se formos a andar sozinhos, somos abordados por uma série deles portanto o melhor que há a fazer é dizer-mos ao primeiro o que andamos à procura, ele leva-nos até ao sítio e, por uma pequena “gorjeta” (30dal, cerca de 0,70€) eles reconhecem-nos na viagem de volta e já não chateiam mais. Chatos, sim sem dúvida. Perigosos, nada, não valem a pena uma pessoa preocupar-se com eles....

to be continue